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  • Foto do escritorAlexandra Gomes

A culpa das mães da atualidade

Hoje em dia, segundo o Pediatra Carlos Gonzalez1, as mães sentem-se muito culpadas… “Pelo que fazem, pelo que deixam de fazer, pelo que fazem acreditando que é certo, mas sabendo no fundo que é errado, pelo que fazem apesar de acharem que é errado, mas sabendo no fundo que é certo.” (p.15).


Este sentimento de culpa parece advir das dúvidas constantes que assolam os pais. Hoje em dia são tantas as opções educativas e de parentalidade que o medo de errar aumenta. Quanto mais as opções de parentalidade maior é a ansiedade aliada à possibilidade de sentirem que a sua opção é a opção correta de educação.


Desta premissa sobressaem dois inevitáveis erros. Primeiro, é errado presumir que apenas existe uma maneira certa de educar os filhos e, como tal, as restantes são erradas. Na realidade existem formas intermináveis e igualmente corretas de educar uma criança. Segundo, é errado pensar que as mães vão escolher aleatoriamente entre as várias opções que dispõem. As mães têm uma predisposição natural para privilegiar as melhores soluções para os seus filhos e a maioria desempenha bem o seu papel.


A questão é que existem pessoas que parecem ficar felizes ao fazerem as mães sentirem-se culpadas. E fazem-no através de expressões como “se lhe pegas ao colo, nunca mais aprende a andar”, ou “tens de o obrigar a comer fruta para prevenir o cancro do cólon”, ou ainda “está a chorar porque lhe passas o nervosismo pelo leite”… enfim e não terminam as sentenças de incapacidade passadas às mães.


Os dias têm muitas horas, tempo suficiente para pensar em muitas coisas e a maternidade, associada ao cansaço e ao medo de não estar sempre bem, desperta sentimentos contraditórios. Mas, em última instância, nada disso significa que as mães não amem incondicionalmente os seus filhos e não deem o seu melhor, dia após dia.


Ser mãe é abraçar a apaixonada tarefa de educar, dando um passo para a frente e dois para trás, seguido de dois passos para a frente e um para trás, mas sempre seguindo em frente e confiando na sua intuição e no amor que as move.

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