A Comunicação Positiva entre os adultos e entre estes e as crianças é fundamental para o seu desenvolvimento. Esta afirmação advém do facto das crianças aprenderem por imitação, sobretudo dos seus modelos de referência, normalmente os pais.
Se os pais adotam, na sua vida, um pensamento positivo, tendencialmente os filhos têm um pensamento positivo e são mais resilientes perante uma adversidade. Por outro lado, os adultos mais negativos, violentos ou até agressivos na forma como comunicam e se comportam transmitem esta tendência às crianças, gerando, muitas vezes, comportamentos de risco.
Assim, importa refletir sobre a forma como os pais podem comunicar positivamente com os seus filhos, contribuindo para o desenvolvimento emocionalmente saudável dos seus filhos.
1. Valorizar os sucessos e os esforços das crianças. Mais do que ser “os melhores”, os pais devem valorizar o esforço dos filhos ao darem “o seu melhor”. Esta atitude é determinante para que as crianças se sintas motivadas e dedicadas na adoção desses comportamentos. Os pais devem transmitir aos filhos que “errar” é uma oportunidade de aprendizagem. Desta forma, estes dão o melhor de si para atingir os seus objetivos e não apenas pelos seus resultados.
2. Especificar com as crianças o que é “portar bem” ou “portar mal”. Os pais devem ser específicos no que consideram ser comportamentos mais ou menos adequados, ao invés de generalizar o “portar bem/mal”, sob pena de se generalizarem comportamentos e criarem uma lacuna na segurança e na confiança da crianças por si próprias.
3. Descrever de forma positiva e específica a atitude das crianças, ao invés do resultado que tiveram. Mais do que dizer “estou muito orgulhoso com a tua nota”, substituir por “estou muito orgulhoso pelo esforço e pela dedicação no teste”. A partir daqui os pais podem analisar com as crianças o que estas podem melhorar, mas no final reiterar o seu esforço na realização da tarefa.
Em suma, a adoção de uma comunicação positiva com as crianças, particularmente do seu esforço, do seu empenho e da sua dedicação, ao invés dos resultados, contribui para que estas se sintam mais motivadas a corrigir os resultados não alcançados, continuando a confiar em si próprias e não associando os seus resultados à pessoa que são.
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