A voz do silêncio: quando as tecnologias isolam os nossos filhos
- Diamantina Moreira
- 16 de jun.
- 2 min de leitura
“O meu filho/a está cada vez mais isolado devido ao tempo que passa nas tecnologias, o que faço?” – Esta é uma pergunta que cada vez mais pais fazem.
Os filhos estão fisicamente perto mas mentalmente distantes, entre mundos fictícios, jogos, alguns violentos, e redes sociais cada vez mais irreais.
A tecnologia, que parecia ser o caminho para estabelecer mais conexões, está a construir muros invisíveis cada vez mais densos, e a isolar as crianças e jovens das interações sociais reais, que lhes permite desenvolverem a sua maturidade e equilíbrio emocional.
O ser humano é um ser social. Aprendemos, crescemos e prosperamos através do contacto, do olhar, da partilha de experiências no mundo real.
A que sinais devem estar alerta de que está a ocorrer o isolamento digital
Menos interesse em atividades offline: recusa convites para sair, fazer desporto ou estar com amigos presencialmente.
Dificuldade em manter conversas: parece menos à vontade em interações cara a cara, prefere comunicar por texto.
Irritabilidade ou ansiedade quando não está com telemóvel ou outro equipamento: Fica visivelmente perturbado quando o telemóvel é retirado ou quando não consegue ter internet.
Comunica menos: Partilha menos as experiências do dia-a-dia, tem menos conversas à mesa ou em momentos de lazer.
Fadiga e problemas de sono: O uso excessivo das tecnologias, especialmente antes de dormir, afeta o descanso e, consequentemente, o humor e a disposição para interagir.
Preocupação excessiva com a vida online: A sua validação parece depender mais de "gostos" e seguidores do que de amizades reais.
Caso note estes sinais nos seus filhos e não consiga ajudá-los, mesmo com a implementação de todas as estratégias que já foram trabalhadas nos artigos anteriores, talvez seja a altura de procurar ajuda profissional.
No entanto, não podemos esquecer o lugar que a tecnologia tem na vida dos nossos filhos. Devemos orientar os nossos filhos a encontrarem a voz do silêncio que se perde no ruído digital, e a redescobrirem a beleza e a profundidade das relações humanas.
Pense nisso.
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