Estamos em época carnavalesca e esta é uma fase em que também os adultos aproveitam para se fantasiar de personagens que gostavam de ter sido ou de figuras que lhes permitam ser quem naturalmente não são.
Estes são dias de folia em que os comportamentos podem ser um pouco enviesados e está tudo bem porque, como diz o povo “é Carnaval ninguém leva a mal”.
No entanto, reiterando a frase do Psicólogo Suíço, Carl Jung, “Há máscaras que não queremos tirar”. Estas máscaras são barreiras que criamos para ocultar as nossas verdadeiras crenças, os pensamentos e as emoções: as nossas entidades.
As máscaras podem ser uma defesa, mas também limitam a nossa autenticidade, levando-nos a ser o que o outro espera de nós e sabotando a nossa identidade pessoal.
Quando se fala em “máscara”, esta existe porque há a “sombra”, uma parte de nós que não queremos expressar.
A superação da “sombra” com a adoção de uma máscara, ainda que inicialmente o foco, a determinação e a jovialidade egoicas consigam escondê-la, acaba por se manifestar e quando acontece nem sempre é de uma forma adequada, tendo um impacto negativo nos outros e na própria saúde mental.
Por isso, retirar as máscaras é um ato de coragem e de verdade. E, por isso, torna-se essencial explorar as nossas máscaras, identificá-las, compreender porque as adotámos e aprender a ser autênticos connosco próprios e com os outros.
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