O tempo de férias, na maioria das vezes, é sinónimo de descanso, diversão, descontração e bem-estar. No entanto, nem todos os jovens se sentem desta forma, experimentando sentimentos de tristeza, desânimo, irritabilidade, desorientação e frustração.
Existem várias formas pelas quais os pais/cuidadores podem contribuir para o bem-estar dos adolescentes desanimados, durante as férias de verão. Estas são:
1. Estar presente e escutar: demonstrar disponibilidade para escutar os adolescentes, sem críticas ou julgamentos. Deixá-los expressar os próprios sentimentos e as suas inquietações e oferecer empatia e apoio emocionais. Por vezes, ter alguém com quem conversar pode ser um grande alívio.
2. Oferecer atividades “positivas”: atividades agradáveis e significativas para realizarem juntos (passeios ao ar livre, exercícios, jogos, assistir a um filme, cozinhar…). O objetivo é proporcionar momentos de diversão e criar memórias positivas.
3. Incentivar o autocuidado: ajudar o adolescente a definir uma rotina diária saudável durante as férias – ter uma boa higiene do sono, alimentação equilibrada, praticar exercício físico e dedicar tempo para relaxar. É importante incentivá-lo a cuidar de si mesmo e a praticar atividades geradoras de prazer e bem-estar.
4. Estimular a socialização: encorajar o adolescente a conviver com amigos e familiares. Pode fazê-lo através de encontros ou atividades sociais, ou participar em grupos ou clubes com interesse para eles.
5. Ajudar a estabelecer metas realistas: pode passar pela aprendizagem de uma nova habilidade, concluir um projeto pessoal, envolver-se num voluntariado ou outra atividade em que se sinta motivado e envolvido. Definindo metas realistas e comemorando as suas conquistas ajuda a aumentar a sua autoestima.
6. Procurar ajuda profissional: se a sintomatologia depressiva persistir ou piorar é aconselhável procurar ajuda profissional.
7. Cultivar um ambiente familiar de apoio: acolhedor e solidário, com uma comunicação aberta, onde o adolescente se sinta confortável para expressar as suas emoções e procurar apoio quando necessário. Os adultos, por sua vez, devem expressar a sua compreensão, acolhendo as suas partilhas e evitando o julgamento ou minimização do que está a sentir.
Cada adolescente é único e o que funciona para um pode não funcionar para outro. É importante adaptar estas sugestões às necessidades e preferências individuais do adolescente.
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