A educação emocional familiar rege-se, segundo os autores Elias, Tobias e Friedlander (2021) por princípios que se traduzem em objetivos familiares, sendo estes:
1. Ser consciente das próprias emoções e das dos outros.
É fundamental identificar e descrever, em palavras, as próprias emoções. Alguns problemas comportamentais infantis resultam de dificuldades sentidas pelas crianças e na identificação e nomeação das emoções, gerando sentimentos de frustração e incompreensão. Sendo capazes de identificar as suas emoções, as crianças/os adultos veem aumentada a sua capacidade de controlo e regulação emocional, acrescendo benefícios escolares, profissionais, sociais e pessoais.
2. Ser empático e compreender o ponto de vista do outro
Quanto melhor conhecerem as próprias emoções, mais facilmente identificam as emoções dos outros e, desta forma, desenvolvem a sua capacidade de escuta ativa e de interpretação da linguagem não verbal do outro (tom de voz, postura corporal…). Nestas situações, os pais devem transmitir às crianças, as consequências de todos os comportamentos e a multiplicidade de formas de pensar e agir.
3. Interpretar os impulsos emocionais de forma construtiva e regulá-los emocionalmente.
Desenvolver a capacidade de adiar a recompensa e lidar com a frustração, é uma habilidade emocional fundamental para o desenvolvimento equilibrado da criança. Uma criança insegura apresenta maior dificuldade em adiar a recompensa, pela insegurança sentida até a obter.
4. Definir objetivos positivos e traçar planos para alcançá-los
Ter objetivos, saber o que vai fazer é muito importante para cada um, pois desta forma desenvolve o otimismo e a esperança.
5. Utilizar competências sociais positivas para gerir as relações
Quando se fala em competências sociais, na inteligência Emocional, o foco é nas competências de comunicação e na capacidade de resolução de problemas. Estas são duas habilidades essenciais na gestão positiva das relações interpessoais, seja na família, na escola, no trabalho ou com os amigos. É muito importante saber identificar e gerir as diferentes emoções, expressar claramente as próprias ideias e chegar a um acordo. Para desenvolver estas competências, as férias escolares são uma boa oportunidade.
Fonte: Educar com Inteligencia Emocional (Maurice Elias, Steven Tobias y Brian Friedlander; 2021)
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