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Foto do escritorAlexandra Gomes

Ficar cá ou emigrar: como aquietar os jovens no seu processo de orientação vocacional

A emigração dos jovens tem um impacto significativo na sua vida, mas também gera inquietações profundas nos mais novos, especialmente quando têm de tomar uma decisão vocacional. Este movimento migratório, na sua maioria, está associado às oportunidades limitadas no mercado de trabalho local, pressões financeiras e/ou à procura de uma vida mais estável e auspiciosa noutro país.


O tão presente “sofrimento por antecipação” também está presente nos mais novos que se aproximam da primeira tomada de decisão vocacional. Nestes momentos, o papel dos adultos passa por apoiar os jovens, através da adoção de variadas estratégias práticas e reflexivas.


Os adultos devem incentivar na reflexão sobre os seus gostos, interesses e talentos, realizando testes vocacionais, conversando com profissionais das áreas de interesse e participando em feiras de orientação vocacional ou workshops de interesse vocacional.


Os jovens, não poucas vezes, estão iludidos com o “sonho cor-de-rosa”, por isso devem receber informação realista sobre as vantagens e os desafios da emigração, incluindo as questões culturais e emocionais inerentes.


No contexto académico, estes devem investir em cursos técnicos, universidades ou programas de formação que os preparem para profissões com elevada empregabilidade local ou global e, paralelamente, continuar a aprendizagem e/ou o aperfeiçoamento de idiomas e competências transversais como liderança, trabalho de equipa, comunicação, inovação e proatividade.


No processo de reflexão e tomada de decisão, a família, os amigos e a comunidade local são muito importantes, na medida em que um ambiente de apoio ajuda a minimizar o medo de falhar e encorajar para tomadas de decisão determinantes.


Ainda que as redes de apoio sejam fundamentais para este processo vocacional, cada jovem tem o seu tempo de amadurecimento e consciencialização e a decisão de emigrar é pessoal e complexa. Por isso, os adultos devem evitar comparações ou pressões para irem ou ficarem. Antes incentivando para uma tomada de decisão informada e alinhada com os próprios valores e objetivos pessoais. Os jovens devem, também, ser sensibilizados para a importância de outras

questões para além das financeiras, isto é: o que desejam construir para si e para a sociedade em que se encontram? Também, por este motivo, os projetos de voluntariado ou intercâmbio cultural podem ajudar a expandir horizontes, sem a necessidade de uma tomada de decisão definitiva.


Em síntese, apoiar os jovens significa ajudá-los a perceber que no seu país ou no estrangeiro, o mais importante é fazer escolhas conscientes, assentes no autoconhecimento e numa visão clara do que desejam para o seu futuro.

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