Finalmente chegaram as férias para quem mais precisa delas: os mais pequenos heróis da educação em Portugal.
Ontem foi o último dia de um ano letivo, igualmente exaustivo, para as crianças do Ensino Público pré-escolar e do 1º Ciclo.
Valha-nos a sua resiliência e o seu desconhecimento de causa para atenuar a saturação sentida por elas, num corre-corre para a escola.
Nesta última semana o cenário era geral: professores naturalmente cansados, conteúdos transmitidos já desvalorizados, pais em modo confuso “metade férias do mais velho e metade aulas do mais novo” e as crianças, os nossos heróis, bastante aborrecidos porque, sem saberem porquê, ficavam facilmente irritáveis, intolerantes e pouco aplicados nos “Programas Curriculares” que tinham que ser concluídos.
O calendário estica-se de ano para ano, e no próximo ano, vão vá nova pandemia surgir, o dia 01 de julho também será, para os mais pequenos, o último dia de aulas!
Mas afinal, o que se pretende com o “esticar” do calendário letivo?
É transversalmente sabido que as múltiplas interrupções letivas, existentes ao longo do ano, não souberam a descanso mental e a “merecidas férias”. As crianças continuaram com horários para cumprir e com tarefas para desempenhar, pela impossibilidade natural dos pais estarem com elas.
Sobretudo para os mais pequenos, a arte de “não fazer nada”, de simplesmente estar, do aborrecimento criar ocupações e do genuinamente brincar é um direito! Direito esse que lhes está a ser negado e a oportunidade em crescer como Seres Humanos Emocionalmente Inteligentes lhes está a retirada.
“Acrósticamente”, ser CRIANÇA é Criar, Rir, Inventar, Alegrar, Nutrir, Cantar e Amar. Saibamos nós, adultos e governantes, respeitar estes atributos tão especiais e desformatar a urgência em criar génios, infelizes e resignados.
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