A ausência de amor próprio e a comunicação violenta estão interligadas e prejudicam as relações interpessoais e o bem-estar emocional.
O amor próprio é essencial para desenvolver a autoestima e a autoconfiança. Quando alguém tem dificuldades em aceitar-se, valorizar-se ou cuidar de si, necessita de procurar validação externa para suprir a falta de autoestima, tem uma visão negativa sobre si, condicionando a forma como comunica e se relaciona e aceita comportamentos desrespeitosos ou prejudiciais por acreditar que não merece melhor.
A Comunicação Violenta caracteriza-se por julgamentos, críticas, imposições ou comportamentos agressivos e, na maioria das vezes, é a expressão de frustrações internas. Quando alguém está em conflito consigo próprio projeta as suas inseguranças nos outros, gerando relações tensas e instáveis. Por se sentir constantemente ameaçada, a pessoa em conflito interior reage defensivamente a críticas ou desacordos e utiliza palavras ou gestos agressivos como reflexo das dores emocionais não resolvidas.
A ausência de amor próprio gera, também, dificuldades na expressão emocional e na comunicação, expressas na falta de empatia consigo e com os outros, no ressentimento e na frustração gerados e na necessidade de controlo, por vezes violenta, por não se sentir internamente seguro.
Para romper este ciclo é importante trabalhar o amor próprio, praticando a autocompaixão com gentileza e compreensão, reconhecendo as suas qualidades e conquistas e procurando apoio terapêutico. Paralelamente é importante aprender como comunicar não violentamente, focando-se nos factos e não nas interpretações dos mesmos, expressando os seus sentimentos de forma clara e autêntica, identificando as necessidades por trás de cada emoção e fazendo pedidos ou propondo soluções que respeitem todas as partes.
Em suma, ao cultivar o amor próprio e adotar práticas de comunicação não violenta é possível transformar a relação consigo e com os outros, promovendo harmonia e respeito mútuo.
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