Não só devido a uma predisposição genética, como também à exposição contínua de estímulos desde bebés, as crianças de hoje têm desenvolvidas as suas capacidades intelectuais sendo, por isso, frequente, cada vez mais famílias com crianças sobredotadas.
A presença de crianças sobredotadas nas famílias requer um cuidado na forma como os pais devem lidar com estas crianças, como a sua preocupação em fomentar uma boa relação entre os irmãos.
A qualidade da relação entre os irmãos, quando um deles têm capacidades sobredesenvolvidas depende múltiplos fatores, tais como a personalidade das crianças, a sua idade, os seus gostos e a sua forma de estar.
Neste sentido, há um perfil que pode condicionar o estabelecimento de relações interpessoais saudáveis. Segundo a psicóloga Silvia Díaz (@madreaventura) são os seguintes traços que colocam em causa a relação salutar dos irmãos:
Competitividade. Sendo mais notória a capacidade em áreas do conhecimento específicas num dos irmãos, é comum gerar-se desconforto e baixas na autoestima dos irmãos.
Diferenças de personalidade. Cada um tem uma personalidade única e isto também se aplica às crianças sobredotadas. As diferenças de personalidade podem influenciar a forma como se comunicam, resolvem conflitos, jogam ou relacionam entre si.
Diferentes hobbies. Esta diferença é significativa em crianças com sobrecapacidades e por vezes torna a relação entre os irmãos mais desafiante e conflituosa, pela dificuldade em encontrar atividades em comum para usufruírem do tempo passado juntos.
Relações emocionais desafiantes e complexas. A investigação refere que uma elevada percentagem de crianças sobredotadas, tem também alta intensidade emocional. Ou seja, trata-se de crianças muito sensíveis, empáticas e expressivas, o que pode afetar as suas relações com os outros, sobretudo com os irmãos, com quem se sentem mais confortáveis na sua expressão emocional.
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