Na atualidade, surgem cada vez mais educadores inquietos com a incapacidade das crianças em lidar com a frustração.
Se, com algumas crianças, a situação se prende com o perfecionismo inerente a si próprias, com outras, passa pela forma como os pais se colocam perante os “quereres” das mesmas.
Uma das premissas da educação é a importância do dizer “não” para o estabelecimento de limites. Esta também é uma das maiores dificuldades na educação parental. Não raramente, os pais consideram que dizer não aos filhos é algo negativo, prejudicial e oposto à formação da criança.
Na verdade, segundo o Psicólogo Luís Fabrício, saber dizer não é uma boa ferramenta para “impor limites naturais”, necessários à vivência quotidiana. Ao dizer não à criança, esta sentir-se-á naturalmente insatisfeita e frustrada, mas, sendo uma frustração controlada, não se transformará numa criança infeliz.
Nem sempre a colocação de limites acontece porque os pais sentem-se culpados ao colocá-los e acabam por ser permissivos em demasia, tentando compensar algo que pensam estar a faltar, através do excesso de presentes ou de alimentos pouco saudáveis.
A psicanalista (2020) Helena Barreto refere que dizer não é um ato de amor para com os filhos e, por isso, deve encorajar os pais a fazê-lo pois, desta forma, transformam-se em adultos capazes de enfrentar com maior grau de tolerância e resiliência, as frustrações ao longo da vida, transformando as situações negativas, em positivas e de aprendizagem. E assim se aprende a viver!
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