A autoestima começa a desenvolver-se desde a infância. Todos os tipos de interação estabelecida com as crianças têm um impacto na forma como elas se estimam na idade adulta.
Dado o seu papel determinante no desenvolvimento dos filhos, os pais devem adotar medidas proativas para ajudar a proteger a sua autoestima dos efeitos sociais (presenciais ou digitais). Estas medidas passam por:
1. Ajudar os filhos a aprender coisas novas, desde apertar os atacadores, ler a capa de um livro e até estabelecer uma relação mais saudável com as Novas Tecnologias (NT), alcançando pequenas/grandes metas, como alicerces para o desenvolvimento de uma autoestima saudável.
2. Educar pelo exemplo. Os pais não devem passar muito tempo online, especialmente em frente aos filhos; não devem comparar-se a si próprios com o que os outros têm ou publicam nas redes sociais. Os pais devem partilhar as realidades do mundo com as crianças, alertando-as para a expectável variação de momentos felizes e menos felizes na vida. É tudo uma questão de equilíbrio e é normal ficar triste, às vezes, havendo sempre alguém com quem conversar.
3. Elogiar as crianças conscientemente. A prática do elogio é muito importante para o desenvolvimento humano saudável. Elogiar as crianças pelas suas conquistas não as tornará arrogantes ou preguiçosas, mas antes ávidas por continuarem a fazer bem e a dar o seu melhor. A chave é elogiar quando é merecido, seja pelo traçar de novos caminhos, começar algo novo, ou colocar em prática uma competência na qual está a trabalhar. É, de facto, importante elogiar uma criança quando esta se está a esforçar. Esta pode não estar onde precisa ou quer estar mas está a dar o seu melhor de forma consistente e dedicada e é importante que essa motivação seja reconhecida.
4. Ensinar etiqueta digital. Certificar-se que as crianças aprendam o que são filtros e como funcionam. É importante limitar o tempo de ecrãs e estabelecer limites. As crianças devem saber que não é saudável estar muito tempo em frente aos ecrãs e podem dedicar-se a outras atividades novas ou da sua preferência que lhes provoquem bem-estar.
Em suma, as redes sociais são, de facto, impactantes na autoestima das crianças. Se estas não forem ajudadas a gerir o tempo de utilização, a ser resilientes e a cumprir regras para lidar com o lado mais negativo, as crianças correm sérios riscos para o seu desenvolvimento. A chave para garantir que permaneçam saudáveis e felizes é encontrar um equilíbrio entre atividades online e offline e compreender que as redes sociais nem sempre são o que parecem.
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