Quando se fala em “violência no namoro” fala-se quando um dos elementos magoa física, emocional ou sexualmente o outro elemento, controlando-o e à relação. Este comportamento repetitivo não é mais do que uma forma de exercer o poder e o controlo sobre o outro elemento.
A violência no namoro não depende da durabilidade das relações, pois existe naquelas que são mais ou menos sérias ou longas.
A violência no namoro não é típica do género feminino ou masculino pois quer raparigas, quer rapazes podem ser violentos com o outro elemento.
A violência no namoro não significa que exista violência física pois numa relação há várias formas de violência: física, sexual, verbal, psicológica, social e digital.
Seja de que forma for, por quanto tempo for ou por quem for, na violência no namoro o objetivo é magoar, humilhar, manipular e assustar.
E é assim que graças à violência, o namoro passa de um sonho a um pesadelo!
Contudo, não é menos real que, muitas vezes, o medo (na maioria dos casos) irracional de não conseguir namorar novamente, a vergonha de contar a alguém e pedir ajuda e o receio de não acreditarem na vítima, impeça de denunciar estes episódios que transformaram o/a seu/ua príncipe/sa num/a monstro/a.
A violência não é aceitável, desculpável ou compreensível. O medo, ainda que com outra origem, começa no agressor, o qual tem medo de ser ultrapassado, de não ser gostado, de se sentir inferior ou outro e por isso, erradamente, reage e continuamente agride o outro, tentando amortizar esse medo, sem, no entanto, resultados benéficos para si e, muito menos, para o outro.
Seja agressor ou vítima, o apoio social, familiar e psicoterapêutico é essencial e deve ser ativado logo que surjam os primeiros sinais de desconforto da vítima na relação.
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