Superar o fim de um relacionamento na adolescência pode ser particularmente desafiador pois as emoções são intensas e as experiências são, muitas vezes, novas.
Cada desgosto amoroso é como se fosse “o pior”, “o mais difícil”, “o impossível de curar” mas seguindo algumas estratégias, as feridas de um desamor podem ser curadas e cicatrizadas com alguma sensibilidade.
Antes de mais é importante que o jovem aceite e integre o turbilhão emocional que está a sentir. É normal sentir tristeza, raiva, confusão e até alívio e estas emoções não devem ser reprimidas podendo, até, ser benéfico escrever ou desenhar sobre o que está a sentir.
Nestas alturas, o apoio dos amigos e a compreensão da família são muito importantes. Além disso, por vezes, falar com pessoas que passaram por experiências semelhantes pode ser reconfortante.
O autocuidado é uma área que deve ser priorizada. O jovem deve praticar exercício físico – um importante e natural antidepressivo e regulador do humor – ter uma alimentação saudável e uma boa higiene do sono e envolver-se em atividades prazerosas que lhe tragam bem-estar.
Nestas situações o tempo torna-se um forte aliado e há que “dar tempo ao tempo”. A cura emocional leva o seu tempo. O jovem deve ser paciente consigo mesmo, fazer o seu luto e evitar entrar rapidamente noutro relacionamento, sob a ilusão que uma pessoa substitui a outra.
Como em tudo há uma aprendizagem, superar o fim de um relacionamento é, também, uma oportunidade de reflexão sobre o que aprendeu com o relacionamento e o que pode evoluir com a experiência. Todos passam pela vida de cada um com um propósito de evolução e aprendizagem pessoais. Esse tempo de reflexão também deve ser usado para se focar em si próprio e no que pretende alcançar. Neste período de introspeção surge a oportunidade, também, de introduzir novas atividades ou rotinas na sua vida, criando um sentido de novidade e introspeção. Assim, devem ser definidos objetivos que considere importantes e que delineiem um sentido de propósito.
Numa primeira fase é, também, aconselhável considerar fazer uma pausa nas redes sociais para evitar ver publicações que possam fragilizar. Pelo mesmo motivo, numa fase inicial, também podem ser evitados lugares que costumava frequentar com a pessoa.
E porque ninguém consegue ser infeliz e agradecer simultaneamente, a prática da gratidão pode ajudar a mudar o foco para aspetos positivos da vida. Este exercício pode ser praticado seguido de um exercício de meditação, acalmando a mente e lidando melhor com o stresse.
Por último, pode ser importante o aconselhamento de um psicólogo para ajudar a gerir as emoções de forma saudável e a traçar um novo caminho.
Cada pessoa é única, e o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. Experimentar diferentes estratégias e ver o que melhor ajuda a superar este momento difícil é um caminho que deve adotado pelo jovem que está a vivenciar a dor emocional do fim de um relacionamento amoroso.
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