O Amor-Próprio significa ter estima e confiança por si próprio e é fundamental para criar uma relação saudável com o próprio e com o outro. Quando se sente esta emoção, tão presente na própria vida, surgem frases como: “Eu acredito que sou capaz de superar este desafio”; “Eu acredito em mim”; “Eu sei que tenho valor”…
Este estado de ânimo, este amor manifesto pelo próprio, segundo a Psicóloga Maria Palha no seu livro “Uma caixa de primeiros socorros das emoções” (2016), funciona como um “escudo protetor” para as situações em que se sentem emoções negativas e previne a entrada em ciclos autodestrutivos.
Segundo a autora, alguém com boa autoestima, sente-se confortável e autêntica consigo próprio e coerente com o que sente, o que acredita e o que faz. Consequentemente, é gerada a capacidade de aceitar críticas e elogios, sem que isso mude inteiramente a forma como se perceciona.
Atualmente, o amor-próprio encontra-se em crise, em escassez na Humanidade!
Quando a estima por si próprio está em baixo, é aberto espaço para a criação de ciclos autocríticos, intolerantes e autopunitivos. Aí, não se acredita que se esteja preparado para a tarefa, duvidando de si próprio, do seu valor e assumindo que “nunca vai conseguir”. Ao ativar este pressuposto, desenvolvem-se alguns comportamentos “auto-sabotadores”, colocando-se em situações geradoras de insegurança, procrastinação, de defesa e são negligenciadas fontes de bem-estar, através da adoção de comportamentos compulsivos (comer e/ou beber em demasia, consumir drogas, etc.). Ao ter esta conduta, é reforçada a ideia do “Eu não sou válido pois, ao procrastinar, não faço o que devo fazer por mim”.
Perante este quadro, o caminho mais fácil parece ser o da resignação. Contudo, o amor próprio pode ser ginasticado, regulado e promovido, bastando prestar atenção às suas oscilações.
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