A época natalícia ainda paira entre nós, e com ela a oportunidade de refletir, ponderar e ajustar os valores que regem a nossa vida.
Esta é uma história com valor, sobre a Força de Vontade que, embora escrita para as crianças, é também para os adultos.
A história começa por apresentar um grupo de três amigos – o ratinho, o coelho e a rã – que adoravam música e resolveram fazer um concerto de verão muito especial. Como trabalhavam bem em equipa, o ratinho compunha as músicas e os amigos preparavam o espetáculo. No meio do entusiasmo aperceberam-se que, como a noite era muito escura, não teriam luz suficiente para iluminar o concerto.
Os amigos puxaram pela cabeça para resolverem o problema, mas não conseguiram descobrir onde arranjar luz. Embora ficassem desanimados não desistiram do seu objetivo.
O ratinho foi, então, para o bosque, com o seu violino, na esperança de encontrar alguém que lhe dissesse onde conseguir luz.
A meio do caminho, o ratinho viu gorduchas lagartas a mastigarem cuidadosamente umas folhinhas. Sem querer incomodá-las, perguntou-lhes, educadamente, onde poderia encontrar luz para um concerto muito especial que ia dar com os seus amigos, numa noite desse verão.
As lagartas, com lamento, não sabiam como o ratinho o poderia fazer, mas aconselharam-no a procurar o Sr. Esquilo.
E assim foi. O ratinho continuou a sua caminhada e acabou por encontrar o Sr. Esquilo que, por não o conseguir ajudar diretamente, aconselhou-o a encontrar o pássaro amarelo que, por voar em toda a parte, talvez conseguisse ajudar. Com o seu conselho, o Sr. Esquilo ofereceu ao ratinho, uma cesta para que pudesse transportar a luz quando a encontrasse.
Lá foi o ratinho à procura do pássaro amarelo e logo o encontrou. Perante o seu pedido, o sábio pássaro que, embora não soubesse onde encontrar luz, aconselhou-o a subir até ao cume da montanha e lá do alto mais facilmente a encontraria.
O ratinho, ainda que receoso pela inclinação e distância da montanha, lembrou-se que o concerto dependia da sua dedicação para encontrar luz. Então caminhou e, mesmo cansado, continuou acabando por chegar ao cume da montanha.
Lá chegado já era noite…Então, pousou o cesto no chão, pegou no seu violino e começou a tocar. A linda melodia elevou-se com nitidez no meio da noite. É foi aí que aconteceu algo muito especial: uma estrela cadente, com uma cauda comprida e brilhante, atravessou os céus e passou mesmo por cima dele. Daí choveram estrelinhas cintilantes e o ratinho, fascinado com tal espetáculo pegou no seu cesto e correu a apanhar esses pedaços de luz, enchendo o seu cesto de estrelinhas luminosas.
Com o seu coração cheio de gratidão, o ratinho honrou a estrela cadente por ter escutado a sua música e presenteá-lo com estrelinhas brilhantes.
No final, o ratinho desceu a montanha para junto dos seus amigos. No caminho, encontrou o esquilo que lhe havia emprestado o cesto e convidou-o para o concerto. Em seguida viu as borboletas, que antes eram as larvas que encontrou, e como forma de retribuir o seu valioso conselho, convidou-as para o concerto. Mais tarde, o pássaro amarelo passou pelo ratinho que, como forma de agradecer a sua valiosa ajuda, o convidou para ir ao concerto.
Chegada a grande noite todos estavam lá. As borboletas, o esquilo, o pássaro amarelo e todos os animais do bosque aguardavam entusiasticamente o grande concerto de verão!
Os três amigos estavam preparados para começar o concerto e as estrelinhas cintilantes emitiram a luz necessária. O concerto começou e foi um enorme sucesso! Todos aplaudiram o espetáculo e o ratinho pensou como foi importante não ter desistido de procurar as estrelinhas luminosas.
Esta história recorda-nos que persistir nos objetivos, ter a humildade em pedir ajuda e ajudar são valores transversais a todas as idades e que jamais devem ser esquecidos!
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