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O Dedo no Gatilho, a Raiva no Coração? A Complexa Questão dos Jogos Violentos

  • Foto do escritor: Diamantina Moreira
    Diamantina Moreira
  • há 1 minuto
  • 2 min de leitura

Os jogos online violentos tornam o meu filho agressivo? Esta questão preocupa muitos pais, educadores e professores. Num mundo onde vemos que os ecrãs são uma extensão das mãos das crianças e dos adolescentes, esta questão é bastante pertinente.


Nem todos os jogos que encontramos online são violentos, conflituosos, com armas e violência, sim, mas muitos são, e por vezes são os que mais atraem os mais jovens. Agora, a grande questão é: esta exposição virtual traduz-se diretamente no mundo real? A resposta a esta questão é muito complexa e multifacetada, depende de vários fatores.


O que tem a ciência a dizer sobre isto? A investigação sobre a ligação entre jogos violentos e agressividade tem sido extensa e, por vezes, controversa. Alguns estudos sugerem uma correlação modesta entre o tempo gasto em jogos violentos e um aumento de pensamentos, sentimentos e comportamentos agressivos a curto prazo. Outros apontam para fatores como predisposições individuais, ambiente familiar e influência dos pares como sendo mais significativos.


Posto isto, as preocupações em torno destas questões não são infundadas. Crianças que passam muito tempo imersos em mundos virtuais de violência pode gerar ansiedade e receio sobre o seu desenvolvimento emocional e social.


As perguntas são inevitáveis:

  • Será que o meu filho está a normalizar a violência?

  • Está a perder a empatia?

  • Será que vai ter dificuldades em distinguir a ficção da realidade?

  • Este comportamento virtual vai transbordar para as suas interações no dia a dia?


Em algumas crianças e jovens já conseguimos perceber que isto acontece.


Assim, deixo-vos aqui algumas estratégias que podem utilizar para prevenir que esta situação aconteça. Proibir por completo o acesso aos jogos e à tecnologia em geral não é a solução. Então:

  1. É relevante conhecer quais são os jogos que o seu filho/a joga: passe algum tempo a jogar com ele, questione como interagem as personagens, abra espaço para o diálogo sincero.

  2. Estabelecer limites claros e consistentes: deixar bem claro quanto tempo podem passar a jogar, em que horários e que tipo de jogos (adequados à idade, claro). Desta forma estamos a promover a autoestima nas crianças e adolescentes.

  3. Promover o pensamento crítico: dependendo da idade da criança é possível conversar acerca da natureza dos jogos e as mensagens transmitidas pelos jogos. 

  4. Esteja atento a mudanças significativas de comportamento: se notar agressividade, irritabilidade, isolamento social é importante que converse com a criança ou adolescente, decidam algumas estratégias para reduzir o tempo nos jogos e se necessário procurar ajuda de um profissional.

  5. Ofereça alternativas a esse tipo de jogos e incentive à prática de atividade offline: procure atividades que estimulem a criatividade, a interação social e o exercício físico. Um estilo de vida equilibrado é fundamental para o bem-estar.

  6. Seja um Modelo Positivo: A forma como você lida com a raiva, o stress e os conflitos servem de exemplo para o seu filho. Demonstre comportamentos calmos e assertivos.


Existem muitas outras estratégias que podem ser utilizadas, mas é importante considerar a idade da criança/adolescente, o contexto, o tipo de jogos, entre outros fatores.


Não demonize à partida os jogos online, entenda-os e oriente o seu filho/a.

Agora é colocar "mãos à obra"!

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