As redes sociais e a autoestima estão interrelacionadas entre si...
É usual a comparação das próprias “vidas” retratadas online, sendo esta fermentada pelas publicações de fotos de vidas perfeitas, com imagens perfeitas dos seus atores, recorrendo ao Photoshop.
Mesmo sabendo que são usados filtros e percebendo que ninguém é perfeito, ver imagem após imagem de estilos de vida impecavelmente saudáveis tende a alterar a perceção do que é “normal”. Esta premissa é soberanamente impactante quando os observadores são adolescentes em desenvolvimento emocional.
Segundo estudos do The Child Mind Institute, há um ponto crítico para a comparação: quando alguém é visto como muito “superior” a si, é como que endeusado e não é motivador para a melhoria em si próprio do que deseja, mas antes acaba por ter um efeito dramático na sua autoestima. Por exemplo, ver os colegas a ter um bom desempenho em algo ou parecendo sempre felizes, gera nos adolescentes a sensação de falha e insuficiência. Por outro lado, a lacuna entre a personalidade online do adolescente e quem ele realmente é pode também causar frustrações adicionais.
A tendência para apresentar uma imagem perfeita de si próprio nas redes sociais é tão exacerbada que se torna mais difícil descobrir a veracidade dessa imagem e do que está por trás dela.
Um outro problema associado ao impacto das redes sociais no desenvolvimento emocional dos adolescentes é o desenvolvimento de Perturbações Alimentares. Os adolescentes estão continuamente expostos a imagens de corpos magros ou musculados, cabelos sedosos e com o cumprimento perfeito e pele de anjo. Esta visualização constante leva os jovens a acreditar que não são suficientemente magros e atraentes, gerando uma enorme pressão sobre a sua autoestima.
Por isso, ainda que a sua presença esteja para ficar, a forma como a incluímos nas nossas vidas, em muito contribui para o nosso desenvolvimento biopsicoemocional saudável.
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