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A importância da escuta ativa e validação emocional

  • Foto do escritor: Viviana Marinho
    Viviana Marinho
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

Escuta ativa e validação emocional

Num mundo cada vez mais acelerado, em que as interações tendem a ser breves, apressadas ou distraídas, a escuta ativa e a validação emocional assumem um papel central na construção de relações humanas mais autênticas, empáticas e emocionalmente seguras — sobretudo quando falamos de crianças e jovens em processo de desenvolvimento.


Escutar não é apenas ouvir

A escuta ativa é uma competência relacional que vai muito além do simples ato de ouvir palavras. Implica presença plena, atenção genuína e intenção de compreender o outro, tanto no que diz como no que sente. Envolve o uso de comunicação verbal e não verbal para demonstrar interesse, empatia e acolhimento.

Quando escutamos ativamente uma criança ou jovem, estamos a dizer-lhe, ainda que silenciosamente: “O que sentes importa. Estou aqui para ti. Estou a tentar compreender-te.”


A validação emocional: aceitar antes de corrigir

Validar emoções significa reconhecer que aquilo que o outro sente é legítimo e digno de atenção. Não significa necessariamente concordar ou permitir determinados comportamentos, mas sim acolher o sentimento que está na base da reação.

Por exemplo, perante uma criança frustrada porque perdeu um jogo, em vez de minimizar (“não é nada”, “isso passa”), podemos dizer:“Percebo que estejas chateado, querias muito ganhar. É normal sentires-te assim.”

Este tipo de resposta cria um espaço de segurança emocional onde a criança se sente compreendida — o primeiro passo para que possa, posteriormente, aprender a regular o que sente.


Porque é que estas competências são tão importantes?

A escuta ativa e a validação emocional são fundamentais porque:

  • Promovem relações de confiança entre adultos e crianças;

  • Favorecem o desenvolvimento da autorregulação emocional;

  • Reduzem comportamentos desafiantes, pois muitas vezes estes emergem da sensação de não ser ouvido ou compreendido;

  • Ajudam a criança a nomear, compreender e expressar emoções, reforçando a sua literacia emocional;

  • Contribuem para o sentido de pertença e autoestima, essenciais à saúde mental.


O impacto na prática educativa e familiar

No contexto escolar, estas práticas permitem uma abordagem mais humanizada da educação. Um aluno escutado e emocionalmente validado está mais disponível para aprender e cooperar.

No contexto familiar, facilitam a resolução de conflitos, o fortalecimento dos laços afetivos e o desenvolvimento de uma comunicação mais aberta e respeitosa.


Como escutar e validar de forma eficaz?

  • Estar presente: Largar o telemóvel, fazer contacto visual, mostrar interesse.

  • Refletir sentimentos: “Parece que estás triste com o que aconteceu.”

  • Evitar julgamentos ou interrupções: Deixar que a criança termine o que tem a dizer.

  • Nomear emoções: Ajudar a identificar o que está a sentir: medo, zanga, vergonha, orgulho...

  • Dar espaço para sentir: Aceitar que todas as emoções são válidas — mesmo as desconfortáveis.

  • Modelar a escuta e a empatia: As crianças aprendem sobretudo pelo exemplo.

 

“Quando uma emoção é ouvida e aceite, ela acalma-se. Quando é ignorada ou julgada, grita mais alto.”

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