Nesta altura do ano, as crianças e os jovens das escolas portuguesas encontram-se em época de testes e exames. Esta fase é um desafio, não só para eles como para quem reside com eles.
Acrescido ao que significam estes momentos de avaliação, é frequente a marcação dos testes com um intervalo de tempo muito curto entre si, gerando pressão nos alunos, expressa em sintomas de stresse ou ansiedade. Estas emoções são provocadas pelo medo de falhar, pela diminuição em relação ao resultado anterior, por pensamentos pessimistas, por não se sentirem preparados ou pela ansiedade do desempenho.
Por isso, nesta época os pais devem estar ainda mais atentos. Algumas crianças e os jovens expressam com mais facilidade como se sentem em relação aos exames, mas outros têm maior dificuldade na sua expressão emocional.
Para ajudar a identificar este perfil emocional, existem alguns sinais que expressam a ansiedade das crianças e dos jovens perante os testes, entre eles:
- Excesso de preocupação com os testes;
- Falta de autoconfiança perante o seu desempenho;
- Isolamento social;
- Sintomatologia física (aperto no peito, cefaleias, náuseas, perturbações gástricas,…);
- Frustração, raiva e causalidade externa do que estão a sentir;
- Aumento do consumo de tabaco, álcool ou drogas;
- Ausência de sono reparador (dificuldades em adormecer, noites “mal dormidas”…);
- Pensamentos negativos face o futuro;
- ….
Perante este quadro sintomatológico, os pais podem apoiar os filhos de várias formas, por exemplo:
- Permanecer calmos e relaxados quando falarem com eles;
- Rever o plano de estudos dos filhos, ajudando-os a dividir grandes tarefas em tarefas mais pequenas e definir um tempo limite para estudar, comer e descansar;
- Não pressionar para ter noras elevadas e valorizar os resultados obtidos pelo seu filho;
- Fazer comentários positivos e construtivos, demonstrando a disponibilidade para apoiar os filhos. Evitar fazer críticas, sobretudo destrutivas.;
- Encorajar a colocação de questões aos professores quando se sentem com dúvidas;
- Definir pequenas recompensas – mas não “coisas” e sim, experiências vivenciadas em família – tal como fazer uma refeição diferente ou ver um filme do agrado dos filhos, como forma de reconhecer o esforço e os seus resultados;
- Encorajar a adoção de hábitos de sono e alimentares saudáveis, bem como a prática do exercício físico.
Se, com a adoção destas medidas, a ansiedade persistir e condicionar a sua qualidade de vida, é importante procurar ajuda de um profissional na área da saúde mental e emocional.
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