O nascimento de um filho representa o desejo de o fazer feliz, tranquilo e distante de todos os perigos. Os pais temem pela sua felicidade e a vontade de sentir as dores pelos filhos é inigualável. A ânsia de proteger o filho é tão grande que se corre o risco de o hiperproteger, contaminando todo o seu desenvolvimento e bem-estar.
Segundo as terapeutas Cátia Lopo e Sara Almeida, a hiperprotecção dos filhos, gera nos próprios, os seguintes constrangimentos:
1. Dificuldades no desenvolvimento da própria autonomia, nas suas demandas quotidianas (sociais, pessoais e escolares), bloqueando quando algo inesperado acontece.
2. Dificuldades em gerir a frustração, uma vez que as necessidades destas crianças são permanentemente satisfeitas, não sentindo que têm que conquistar algo.
3. Insegurança, por sentirem que não conseguem fazer nada sozinhas. Este sentimento agudiza o medo de falhar e diminui a vontade de arriscar.
Todas as crianças precisam que os pais cuidem delas, protejam e garantam o seu bem-estar e segurança. Contudo, um dos maiores desafios dos pais, na educação e no desenvolvimento das crianças, é:
- Serem capazes de, progressivamente, darem espaço à criança, reduzindo os seus níveis de proteção;
- Permitirem que a criança experimente vários papéis;
- Permitir que a criança erre e vivencie sentimentos de frustração.
Desta forma, a criança vai desenvolvendo estratégias para lidar com a frustração, o que contribui para a sua evolução emocional e o seu desenvolvimento salutar.
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