TDAH ou Imaturidade? A Linha ténue entre o comportamento "normal" e a necessidade de apoio
- Diamantina Moreira

- 13 de out.
- 2 min de leitura
Estamos perante uma conjuntura em que muitas crianças estão desatentas, impulsivas, constantemente agitadas, e esta situação coloca os pais com muita angústia. E eis que surge a questão: "o meu filho/a terá TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, ou será apenas uma imaturidade própria da fase de desenvolvimento? A dor reside no medo de rotular a criança, desvalorizando um comportamento natural, ou, pelo contrário, de ignorar um problema real que, se não for apoiado, pode ter um impacto significativo na aprendizagem e na autoestima.
Antes de mais é fundamental entender que dependendo da fase de desenvolvimento em que a criança se encontra, elas são exploradoras, energéticas e por vezes desatentas. À medida que o tempo vai passando, a criança vai desenvolvendo as suas competências e melhorando a capacidade de controlar os impulsos que apenas se desenvolve plenamente na adolescência ou idade adulta. No entanto, quando esta dificuldade se torna excessiva e persistente, e interfere consistentemente em vários ambientes (casa, escola, atividades sociais), pode ser o momento de olhar mais de perto.
A diferença não está no comportamento, mas sim na intensidade, consistência e de que forma afeta a vida da criança. Por vezes a ajuda de um profissional é fundamental para fazer esta avaliação e despiste. Não obstante, antes de recorrer a um profissional é fundamental que seja efetuada uma observação atenta, quer pelos pais/educadores, quer pelos professores.
O envolvimento da escola é crucial para esta análise, pode, por exemplo, haver a necessidade de ajuste no lugar onde a criança fica sentada na sala de aula. A comunicação e a empatia com a criança é um dos elementos mais importantes nesta recolha e observação.
Seja o seu filho um explorador imaturo ou um lutador com TDAH, a resposta da parentalidade consciente é a mesma: paciência, estrutura e muito amor incondicional. Ao dar-lhes as ferramentas certas e o apoio emocional de que precisam, estamos a garantir que crescem com resiliência, aceitação e, acima de tudo, a saber que são amados pelo que são.

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