“A educação financeira é um elemento fundamental na educação”. Quem o diz são os autores da obra literária, intitulada “Educação Financeira na Escola” (Ed. Paco & Littera).
Conceitos como “endividamento”, “rentabilidade”, “taxas de juro”, “consumo consciente” e “economia sustentável”, fazem parte do quotidiano adulto. No entanto, estes deveriam integrar o currículo escolar, desde cedo, promovendo uma visão diferenciada e equilibrada em relação ao dinheiro, importante para formar adultos responsáveis financeiramente.
A Educação Financeira (EF) é uma área pedagógica através da qual os indivíduos aumentam e otimizam o seu conhecimento e a sua compreensão sobre conceitos e produtos financeiros, a fim de se tornarem mais conscientes das oportunidades e dos riscos financeiros envolvidos e fazendo escolhas mais responsáveis e positivas para si.
Através da EF, são adotados comportamentos que ajudam as crianças a lidarem com as finanças de forma consciente e estável. Esses comportamentos vão desde escovar os dentes com a torneira fechada ou diminuir o tempo de toma de banho, para economizar na conta da água, por exemplo.
Nos tempos atuais, em que a crise económica é sentida por grande parte da população, a EF torna-se uma área ainda mais urgente para ajudar as pessoas e sensibilizar as crianças para a importância da gestão do dinheiro na criação de uma vida estável e equilibrada.
Uma má gestão financeira tem implicações negativas para todos, uma vez que aumenta os conflitos familiares é gerador de stresse, depressão e, em última instância, promove a criminalidade.
Ensinar nas escolas sobre a EF propicia mecanismos necessários para não caírem no consumo excessivo de bens, quase sempre não essenciais, e que podem comprometer a gestão financeira da família.
Para além do impacto direto nas crianças, estas transmitem o que aprendem na escola, em casa, impactando os hábitos dos pais. Assim, a população, gradativamente, aprende a tornar-se financeiramente mais sustentável.
A temática de EF nas escolas pode ser trabalhada das mais variadas formas, seja através de jogos, da criação de um negócio (virtual) com a turma, da criação de fóruns de discussão e brainstorming de conceitos financeiros, da organização de palestras com convidados profissionais da área, da simulação de transações bancárias, entre outros.
Os momentos de EF nas escolas são, assim, muito importantes para os alunos, responsabilizando-os no seu contributo para minimizar o impacto negativo da crise financeira no bem-estar pessoal e social.
Fonte: Educação financeira na Escola (Trindade, L.; Deimling, M.; Kist, M.; Bavaresco, J.; & Peron, L.. 2021). Editor: Pacco e Litera
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