As birras frequentemente vêm acompanhadas por gritos. Segundo a autora Ana Guilhas, o grito é uma manifestação da própria voda, de força, intensidade, vitalidade e desejo de viver.
A maior ou menor dificuldade dos adultos em gerir os gritos dos seus filhos está relacionada com a sua já capacidade em controlar os seus impulsos e regular as próprias emoções.
O papel do adulto na gestão dos gritos nas birras dos filhos deve começar na prevenção. Desta forma diminui a frequência das birras e tende a diminuir a intensidade. Em seguida, é necessário compreender a razão pela qual a criança escolhe os gritos como um forte aliado para as suas birras.
Algumas são as respostas que justificam a adoção dos gritos pelas crianças, como uma manifestação das suas birras. Ana Guilhas constata que os gritos infantis, resultam de fatores como:
O temperamento da criança, que integra, naturalmente, a fase das birras;
O reflexo da forma de comunicação predominante em casa. Se estiver rodeada de um ambiente comunicativo agressivo e com muitos gritos, a criança não só modela esses comportamentos como exterioriza a tensão daí decorrente, gritando também;
O resultado da vivência emocional da estrutura familiar.
Uma estratégia de ganhos pessoais, na medida em que os pais acabam por ceder ao pedido da criança, para impedir que continue a gritar.
Estas são algumas hipóteses que permitem compreender o que está em jogo nos momentos de gritos. Elas servem para que os pais possam perceber o motivo da sua manifestação. Quando as causas dos gritos são externas, devem ser ajustadas e trabalhadas de forma a libertar a criança de algo que não é seu; aí viverá as birras de forma mais livre e natural. Se a razão dos gritos estiver associada ao temperamento da criança e à sua forma de manifestação da frustração pessoal, aí a ajuda passa pelo ensino de estratégias de regulação emocional.
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