Quantas expressões cercam a criança, o jovem, o adulto, numa tentativa de reprimir as suas emoções mais dolorosas?
“Os soldados não choram…”
“Quero dizer-lhe o quanto a amo, mas não o faço…”
“Não chores…”
“Rapazes não choram…”
“Expressares prazer em relação aos réus feitos é a manifestação de um orgulho inconveniente…”
Um sem número de expressões que, desde os primeiros anos de vida ensinam as crianças a suprimir as próprias emoções, para esconder a dor. Desta forma são criados os perfecionistas que rejeitam todos os desvios emocionais, perspetivam a vida como uma euforia constante e rejeitam as emoções dolorosas. Estes aprendem a esconder e suprimir as emoções e os sentimentos agradáveis ou dolorosos e é difícil desconstruir as crenças matriz e por isso abrir-se às correntes das emoções.
No entanto, segundo Golda Meir” aqueles que não sabem chorar com todo o coração também não sabem rir. Assim, é importante sentir e expressar as próprias emoções, chorar quando precisa, partilhar os sentimentos com os amigos ou até escrever sobre os sentimentos no seu diário.
Negar-se a sentir as emoções indesejadas é prejudicial para o próprio bem-estar, danifica a autoestima e agrava sintomas depressivos. Assim, há que aceitar e expressar as emoções negativas.
Ao aceitar as próprias emoções como são e estar verdadeiramente disposto a viver com elas significa aceitar as emoções dolorosas mesmo quando elas persistem para lá da própria vontade. A aceitação genuína tem a ver com o aceitar que se está perturbado e a seguir aceitar que isso não significa que se sinta melhor mas que a emoção também passa e acolhendo esta emoção, dissemina-a e dá lugar a uma nova emoção positiva.
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