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  • Foto do escritorAlexandra Gomes

As dificuldades derivadas das mudanças

Ao longo do percurso escolar e, particularmente nestes últimos 2 anos, as mudanças foram uma constante da vida de todos os alunos.


Mudam de ensino presencial para ensino on-line, confinam e desconfinam, mudam de escola, mudam de professor, mudam de atividade extracurricular, entre outras, e a adaptação a estas novas realidades carece de constantes atualizações.

As mudanças ocorridas no meio familiar – divórcio, desemprego, doenças, mortes, afastamento de familiares – podem influenciar o desempenho académico.


O ser humano, naturalmente tem dificuldade em aceitar as mudanças. Quando há mudança há resistência! Como refere o Pedagogo Renato Paiva (2014, p.210), “a mudança implica uma reação, uma adaptação a novas regras, a novas rotinas, a novos costumes, a novos hábitos, a novos modos de estar… e implica o enfrentar do desconhecido”.


Particularmente nestes dois anos pandémicos, vivenciados entre confinamentos e desconfinamentos, é importante abordar a criança, sobre o que sente perante a mudança. Ao conversar com as crianças mais novas sobre as mudanças, podem ser colocadas as seguintes questões:


- O que há de bom em mudar?

- O que há de mau em mudar?

- O que haveria de bom em não mudar?

- O que haveria de mau em não mudar?


O alcance do sucesso em períodos de mudança é sempre desafiante e não bastam declarações como “a mudança é boa”, “as crianças adaptam-se melhor que os adultos” ou “todos têm que mudar” para considerar os momentos de mudança como momentos inócuos no bom desempenho académico.


Por entre estas mudanças, há aquelas mais difíceis, inesperadas e repentinas a acontecer. Estas são mudanças mais difíceis de aceitar pois muitas vezes são percebidas como sendo irreversíveis e condicionantes a nível estrutural e sobretudo emocional. Por estas mudanças, as crianças sentem-se mais entristecidas, menos motivadas e com maior intolerância à frustração e menor resiliência.


Os sentimentos de instabilidade e de descontrolo total da própria vida provoca nas crianças e nos jovens uma preocupação crescente em ficar “só”.


Nestes períodos é relevante acolher emocionalmente os jovens e tranquilizar as crianças, fazendo-os sentir-se apoiados e próximos das pessoas com quem eles convivem diariamente, respeitando o seu tempo e o seu espaço.


Este respeito é fundamental e o trabalho conjunto entre a casa e a escola, assume um caráter fundamental!


Fonte: Paiva, R. (2014). O segredo para alcançar o sucesso na escola. Lisboa: A esfera dos livros.

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