As emoções, sejam elas positivas ou negativas, são comuns a todos os seres humanos e todas são para serem sentidas, acolhidas e jamais repreendidas.
A avaliação moral – o juízo de que alguma coisa é boa ou má – pressupõe uma escolha. Onde não há escolha, não há base para a avaliação moral.
Especificamente no campo das emoções, podemos não gostar do medo, mas esta emoção não é boa nem má, apenas é, e tem como papel a sobrevivência e o bem-estar do ser humano.
Mais do que moralizar ou escolher as emoções é importante reconhecê-las e não as julgar – princípio da aceitação ativa – para então se comportar de forma benevolente em relação ao estímulo que a provocou.
A aceitação ativa tem que ver com o reconhecimento das coisas como são e, em seguida, a escolha da linha de ação que se considere mais apropriada e digna para si.
Perante as emoções, aplicar o sentido da moralidade, um juízo de valor, é redutor para com as mesmas e para consigo próprio. Por sua vez, reconhecer, em cada momento da vida, a possibilidade de acolher as emoções e ser benevolente com as mesmas é um sinal de humanidade.
Ter medo implica acolhê-lo e agir corajosamente; sentir ciúmes faz parte da condição humana e, por isso, há que admitir este sentimento e acolhê-lo, mas, ainda assim, agir generosamente, aceitar a condição humana e, assim, atuar com humanidade.
Em suma, sejam positivas ou negativas, todas as emoções devem ser acolhidas, como fazendo parte da condição humana, e ponderadas na forma de expressão, sob a esperança de se tomar a atitude mais apropriada a um desenvolvimento emocional equilibrado.
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