O autocontrolo emocional e comportamental, como foi referido num artigo anterior[i], é uma das premissas básicas para um desenvolvimento emocional equilibrado.
Crianças com reduzido autocontrolo emocional, geralmente sentem dificuldades em lidar com os vários desafios quotidianos.
Os adultos, particularmente os pais, devem ajudar a criança a autocontrolar-te, das seguintes formas:
1. Nomear emoções: quando as crianças são capazes de falar do que sentem e do que as incomoda, são capazes de controlar e disseminar essas emoções negativas. Falarem do que estão a sentir e descrever as reações do seu corpo ajuda-as a ter uma perspetiva diferente e menos intensa do que estão a sentir.
2. Encorajar a criança a reagir perante as adversidades. Por exemplo: oferecer um aviso de 5 minutos antes de desligar a televisão; organizar tempos de inatividade entre duas tarefas que a criança tem que realizar, de modo a permitir que a criança faça um reset e recomece.
3. Concentrar-se no que a criança gosta e encorajá-la a realizar essa atividade, sempre que ela ficar aborrecida.
4. Estar presente e ser compreensivo. Sobretudo quando a criança se sente mais emocional.
5. Procurar ajuda, sempre que necessário (seja de um explicador, um profissional de saúde mental, um professor
com quem sinta maior proximidade…).
Em suma, a capacidade de controlo emocional é diretamente proporcional à capacidade em descrever as próprias emoções, para, em seguida, ser identificado o motivo de tal expressão emocional. Descoberto o verdadeiro motivo, há mudanças que podem ser implementadas de forma que se consiga gerir esse sentimento, mantendo o autocontrolo.
[i] “O autocontrolo e o desenvolvimento emocional” (03 junho 2021) Fonte:
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