No tempo de férias, é normal os pais não saberem como fazer com que os filhos passem o seu tempo de ócio com qualidade.
A opção mais fácil e, para a maioria, inevitável, é permitir que eles despendam esse tempo conectados aos ecrãs. Como é referido em artigos anteriores, essa escolha acarreta o risco de reiterar a dependência dos ecrãs, condicionar o contacto físico entre as crianças e potenciar a sua agressividade e intolerância à frustração.
Uma boa alternativa à opção pelo uso dos ecrãs é a prática da leitura.
“A leitura ajuda a não perder o ritmo da aprendizagem; é uma boa opção para os dias chuvosos; pode desencadear boas conversas e novas brincadeiras em família; permite viajar sem sair de casa”. Quem o afirma é Cristiane Mateus, editor literário que, em tempo de férias, considera um forte aliado para melhorar o convívio entre pais e filhos.
Neste contexto, pode ser necessário que, antecipadamente, os pais devam ler o livro que vão aconselhar aos filhos para ler.
Assim, ao conhecerem ambos o mesmo livro, podem gerar-se diálogos de opinião enriquecedores para ambas as partes.
A escolha do livro para ler também é fundamental pois ao escolher um bom livro, os filhos verão estimulada a formação do hábito de leitura, promovida a sua imaginação e ativadas as competências de expressão e regulação emocional.
Perante esta intenção, a questão que se coloca é “Como incentivar a leitura nas férias, sobretudo para as crianças/os jovens que não possuem um gosto particular por esta prática?”. A professora e consultora literária Marta Morais da Costa, apresenta algumas dicas que irão incentivar o hábito da leitura nas férias.
1. Ser um bom mediador de leitura, um elemento motivado, apaixonado e que compreenda a leitura e que conheça livros que possam estimular o gosto pela leitura das crianças.
2. Educar pelo exemplo, lendo para as crianças, passando tempo com elas, à medida que lê o seu próprio livro e convidando-a a ler o seu próprio livro. A presença efetiva de um leitor adulto a ler para uma criança é muito eficaz para promover o seu gosto pela leitura, tal como a influência de amigos que gostem de ler.
3. Dedicar tempo para a leitura, individualmente ou em família.
4. Respeitar o gosto da criança. Ao considerarem que os filhos leiam apenas o que é bom na visão dos pais, os adultos correm o risco de diminuir o gosto pela leitura das crianças e, sobretudo dos adolescentes.
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