As férias estão aí! Para uns já são uma realidade, para outros, uma questão de dias.
O período de férias, não obstante os efeitos nefastos da pandemia, com a subserviência dos adolescentes aos ecrãs, representa uma altura em que os adolescentes querem passar mais tempo com os amigos do que com os pais.
Esta época do ano implica maior permissividade parental, oportunidade da qual os adolescentes aproveitam para tirar benefícios. Por exemplo, são familiares as expressões “vou a casa da X e volto já” ou “vou sair com o Y e chego por volta das X horas” e nem sempre a previsão corresponde ao ocorrido.
Controlar os adolescentes é uma tarefa desafiante e, por isso, colocar-se numa posição de adversário representa um risco elevado de perder a confiança e a cumplicidade dos próprios filhos.
Para gerir tais saídas e minimizar os conflitos entre pais e filhos, fruto da preocupação gerada nos primeiros, é necessário compreender, antes de mais, a importância para os filhos em sair com os seus amigos. É desta forma que os filhos aprendem a conviver e a fazer parte de um grupo, com outros adolescentes que também estão “aborrecidos”, não estruturado pelo espaço e pelo tempo da escola ou das atividades extracurriculares.
As saídas dos adolescentes, durante as férias são, também, uma oportunidade de promoção da sua autonomia. Os adolescentes devem respeitar as regras definidas pelos pais e o papel destes é ensinar, gradualmente, os seus filhos a definirem os próprios limites, preferencialmente através do diálogo.
Quando nas férias dos adolescentes, os pais estão no trabalho, com alguma frequência é motivo de preocupação a forma como os filhos ocupam o seu tempo sem a sua supervisão, gerando preocupação e ansiedade nos pais.
Nestes momentos, é importante que os pais conversem com os filhos sobre formas de passar o tempo de forma produtiva e entusiasmante para eles. Podem recorrer à criação de um quadro geral, com limites definidos, mas com alguma flexibilidade na realização das múltiplas atividades. Mesmo não tendo a garantia de todas as atividades que os filhos realizaram, é importante fomentar um clima de confiança e confortável.
De um modo sucinto, seguem breves dicas, aquando das saídas dos adolescentes:
1. Perguntar onde vão, explicando que não se trata de controlo, mas de estar informado e minimizar a preocupação.
2. Pré-definir e gerir o horário de regresso, recorrendo às mensagens, pedindo que avise quando voltar para casa ou quando chegar ao seu destino.
3. Dar instruções precisas, não permitindo que regresse a casa “tarde demais”.
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