top of page
  • Foto do escritorAlexandra Gomes

Manifestação de orgulho Q.B. por um desenvolvimento infantil saudável


A humanidade, quase na sua transversalidade, converge numa tendência: a necessidade de validação externa através das redes sociais. Até aqui tudo bem: no que toca a adultos cada um sabe de si. Agora quando as crianças são um meio para essa validação e os pais exibem os feitos dos filhos “como se estivessem num desfile de vaidades” é que a coisa se torna mais complicada!

 

Nas redes sociais são comuns as fotos e os vídeos das crianças, em “situações cada vez mais elaboradas e sofisticadas”, adornadas com legendas que enfatizam esses feitos e conquistas. Claro que é natural, expectável, normal e até saudável o orgulho dos pais pelos feitos dos seus filhotes. A questão é quando este “exibicionismo parental” se transforma numa competição desmesurada pelo reconhecimento dos seus rebentos e com consequências inquietantes para o desenvolvimento infantil.

 

Por trás de um comportamento aparentemente inócuo, nem sempre os pais se apercebem do quão podem estar a pressionar as crianças a corresponderem às suas expectativas, pela ânsia no sucesso dos seus filhotes.

 

É aqui que tudo se complica, pois, a constante necessidade das crianças impressionarem os pais e receber aprovação externa, em nada contribui para a promoção da sua autoestima, levando ao desenvolvimento de sentimentos de ansiedade, incapacidade, baixa autoestima, baixa resiliência perante o fracasso e intolerância à frustração.

 

Pois bem, é comumente sabido que cada criança é única nos seus próprios interesses, habilidades e ritmos de aprendizagem. Deste modo, os pais não devem esperar que os filhos sejam o que eles não conseguiram ser e devem permitir-lhes que encontrem as suas paixões e desenvolvam as suas habilidades de forma livre, autêntica e significativa, apoiando-os e aceitando as suas escolhas. Em vez de os transformar em troféus para exibição pública, os pais devem valorizar os filhos pelo que são, independentemente das suas realizações externas. Talvez os pais devam incentivar competências como a curiosidade, a criatividade e a autenticidade, ao invés de os moldar a uma imagem fantasiada de sucesso.   

  

19 visualizações0 comentário

Posts Relacionados

Ver tudo

Como pode a escola formar alunos felizes?

A escola desempenha um papel crucial na formação de alunos felizes, não apenas fornecendo conhecimento académico, mas também promovendo competências sociais, emocionais e pessoais. Várias são as estra

Como gerir a pressão nos períodos de avaliação

Os períodos de avaliação representam um momento inquietante para os alunos e gerador de uma sintomatologia ansiogénica inevitavelmente prejudicial. Lidar com a pressão nos períodos de avaliação é desa

bottom of page