A felicidade é um conceito complexo de definir e desde que o homem sapiens é sapiens, é motivo de reflexão, análise, inquietação e pesquisa.
Há 2400 anos Sócrates desafiou a reflexão sobre as questões, “O que é a felicidade?”, “Como atingir a felicidade” e estas perduram até hoje. Na altura acreditava-se que a felicidade dependia dos desígnios dos deuses e mais tarde a felicidade, pelo significado do termo latino Felicitas, a felicidade era atribuída à sorte.
Ora, segundo Sócrates, a busca da felicidade não é atribuída ao acaso, mas é da responsabilidade de cada um. Como refere Roberto Rohden “A felicidade existe; não fora de nós, onde em geral a procuramos; mas dentro de nós, onde raras vezes a encontramos”.
De facto, o Homem é o grande responsável pela sua vida, pelo significado atribuído ao que lhe acontece, pelo impacto que têm em si os acontecimentos e pela procura e criação de momentos de bem-estar.
A felicidade, para ser felicidade, não é perene, mas momentânea e pontual, ou seja… constantemente inexistente!
A verdade é que quando alguém questiona o outro sobre “felicidade”, frequentemente a resposta surge ligada ao que faz e ao que tem. Ora, dependendo do estado destas duas premissas – fazer e ter – assim parece ser medido o grau de felicidade de cada um.
No entanto, a essência da felicidade, mais do que se relacionar com o que se tem ou com o que se faz, está relacionada com o que se é. Talvez por isso quantos procuram ter mais e mais e continuam pouco felizes numa autossabotagem de si próprio.
Comments