“Porque insistes em comportar-te assim?”
Esta é uma questão transversal à maioria dos pais de adolescentes, quando assistem a comportamentos padrão dos seus filhos que antecipam resultados menos positivos.
Contudo, sabem que também é importante fazer coisas arriscadas e ridículas, que fazem parte do processo de aprendizagem de pais que já foram filhos e dos próprios filhos.
Segundo os adultos, variadas vezes os adolescentes adotam um “mau” comportamento e tomam decisões estranhas. Mas, tal como aconteceu com esses mesmos adultos, tudo o que fazem é para ganhar experiência e criar um ponto de referência para a vida adultai. Segundo a neurocientista Abigail Baird, são as decisões estranhas dos adolescentes, que lhes permitem tomar boas decisões no futuro. E é desta forma que aprendem a viver como adultos e adquirem as competências e capacidades necessárias para essa fase desenvolvimental.
A tentativa dos pais para que os adolescentes deixem de fazer coisas ridículas, embaraçosas e até arriscadas é compreensível mas é importante que os filhos experienciem a tomada de “más” decisões, corram riscos e tenham comportamentos que pareçam ridículos. Se não o fizerem não adquirem o conhecimento necessário para tomarem boas decisões no futuro.
A superproteção dos pais e o controlo excessivo têm um efeito negativo na vivência de experiências educativas que preparem o adolescente para a vida como futuro adulto.
Sem querer que seja um clichê, tudo o que acontece ao longo do desenvolvimento humano, acontece por alguma razão.
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