O Modelo de Inteligência Emocional, definido por Mayer, Salovey e Caruso (2002), e apresentado anteriormente, traduz-se numa forma de inteligência que combina emoções e pensamentos, e reflete a habilidade em lidar com essas emoções, distingui-las e utilizar os conhecimentos daí advindos para orientar os próprios comportamentos.
Este modelo de Inteligência Emocional assenta em seis princípios-base, os quais permitem uma compreensão das emoções como uma mais-valia para a obtenção do sucesso pessoal, académico e profissional. Esses princípios são:
As emoções são informação, na medida em que as emoções refletem pensamentos que plasmam a vida de cada um e aos quais se deve prestar atenção, atuando segundo o próprio instinto.
A tentativa em ignorar as emoções é apenas uma tentativa… não funciona. “Subviver” é também negar, resistir e ignorar às emoções. Colocá-las debaixo do tapete é infrutífero; inevitavelmente, um dia, acabam por se manifestar, na maioria das vezes, desproporcionalmente.
Ocultar as emoções pode resultar, enquanto se é jovem, sereno e vigoroso. Com o passar do tempo, com as “distrações”, com a exaustão pessoal, a ineficácia desta estratégia manifesta-se, psicoemocionalmente e até fisiologicamente.
“As melhores decisões são as tomadas com o coração”. As decisões devem incorporar as emoções para que sejam eficazes e tidas como “a melhor decisão tomada”.
As emoções seguem padrões lógicos. Estas são fiéis aos pensamentos e refletem determinados comportamentos. Ao invés de (tentar) mudar a emoção, o foco deve ser em mudar o pensamento que provoca essa emoção.
Apenas existem emoções específicas, não universais. A ativação de uma emoção é específica de cada um. As situações, só por si, não têm significado, mas a perceção dessa situação é geradora de um pensamento específico e, consequentemente de uma determinada emoção.
Referência Bibliográfica
Güell, M., & Muñoz, J. (2003). Educación emocional. Programa para la educación secundaria postobligatoria. Barcelona: Praxis.
Mayer, J., Caruso, D., & Salovey, P. (2002). Selecionando uma medida para a inteligência emocional: em defesa das escalas de
Comments