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  • Foto do escritorAlexandra Gomes

Saber Sentir na Adolescência

Embora o no século XXI o conhecimento esteja tão avançado, as tecnologias estejam presentes no quotidiano e tanto se fale de novos conceitos e paradigmas, a Inteligência Emocional, um desses conceitos tão falados e defendidos, parece uma área não trabalhada entre os adolescentes.


Estres têm medo de sentir, fogem dos sinais que o corpo lhes envia e optam por estratégias “pronto a consumir” para (tentarem) regular as emoções desagradáveis.


Emoções como a raiva, a ansiedade, os distúrbios alimentares e os episódios de pânico mais não são do que expressões disfuncionais do naturalmente sentir, que os adolescentes (in)conscientemente colocam “debaixo do tapete” e que em nada melhoram a sua qualidade de vida.


“Todos sabemos que a adolescência é uma fase de um equilíbrio desequilibrado”. Quem o diz é a psicoterapeuta corporal Ana Galhardo, a qual considera que na adolescência é tudo vivido com muita intensidade e com a sensação de ser uma fase “bipolar”.


Esta “bipolaridade”, expressa em oscilações de humor repentinas e imprevisíveis, mais não é que um mecanismo de defesa que permite aos adolescentes viverem de forma mais desapegada e menos conscientes de si próprios. Esta forma de não sentir as próprias emoções é como uma autossabotagem que os ajuda na dissimulação do sentir e deles próprios.


Independentemente da idade, sentir é difícil e até doloroso, mas há que saber sentir, ou seja, acolher as emoções negativas, com a certeza que, tal como as nuvens, elas passam e o céu volta a brilhar.


Esta autossabotagem faz com que os adolescentes adotem atitudes baseadas na imagem em detrimento da essência, nos confettis, gentilmente cedidos pelas redes sociais que fazem acreditar que o que lá se transmite é muito mais importante do que o verdadeiro sentir, no desejo de popularidade ansiado e na obtenção dos fins, sem considerar a toxicidade dos meios. E porque estes “princípios” não são consciente e genuinamente confortáveis para os adolescentes, estes preferem viver em modo de “proteção de ecrã”.


Mas vivenciar todas as emoções, dar-lhes oportunidade para se manifestarem é um ato de coragem e não de fraqueza. Permitirem-se ser verdadeiros com quem são é um pouco assustador e pode até provocar algum medo, mas isso torna-os mais fortes.


Não ter medo de sentir, viver em pleno, agarrar a vida com as duas mãos, com o coração e com a alma! Isto é viver a própria vida, é ser honesto consigo próprio e permitir-se ser genuinamente feliz!

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