Os adultos têm um certo hábito, para com as suas crianças, em catalogar uma amizade de amor ou de namoro. Estes entusiasmo e inquietude em colocar “borboletas na barriga” das crianças, gera nas próprias alguma confusão.
Segundo a psicóloga Isabel Costa, os eventuais “namoros” representam uma descoberta normal e saudável para um bom desenvolvimento evolutivo.
Nestes momentos, a família tem uma boa oportunidade para promover a inteligência emocional das crianças, trabalhando a expressão emocional e a comunicação de sentimentos, sem ter que catalogar como “namoro” este estado emocional.
Claro que, o recurso ao conceito “namoro” não tem uma idade certa e única e a introdução deste conceito no léxico emocional da criança depende da sua maturidade afetiva. No entanto, de referir que, na fase da adolescência, o “gostar de alguém”, destaca-se de modo mais significativo. Nesta fase, os filhos tendem a sentir-se mais confortáveis em partilhar as dúvidas e os sentimentos inerentes a estes momentos, embora com alguma vergonha associada. Nestas fases, o papel dos pais deve ser demonstrar respeito pelos momentos de escolha, em partilhar ou não estes sentimentos. Desta forma, o adolescente sente-se mais confiante para partilhar estas inquietações já tão inerentes à adolescência.
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