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Sintomatologia da Síndrome da Alienação Parental na Infância

Foto do escritor: Alexandra GomesAlexandra Gomes

A Síndrome de Alienação Parental (SAP) foi definida pelo psiquiatra infantil Richard Gardner, na década de 80.


A SAP surge a partir da tentativa (consciente ou inconsciente) de um dos progenitores – progenitor alienante – em alienar o(s) filho(s), relativamente ao outro progenitor – progenitor alienado. O impacto da alienação parental depende das contribuições da própria criança.


De facto, a SAP pode ser uma consequência de comportamentos dos pais, tais como alcoolismo, comportamento antissocial, abuso físico, sexual, emocional ou negligência parental. Geralmente estes comportamentos são agudizados aquando da disputa de custódia parental, na medida em que um dos progenitores faça com que a criança rejeite o outro progenitor, encarando-o com ódio ou medo.


Segundo alguns estudos, nos anos 80, 90% dos casos de alienação eram provocados pela mãe. Nos últimos anos, os pais tornaram-se mais expressivos na adoção deste comportamento para com os filhos.

Segundo a psicóloga Sara Cruz (2021), a criança com SAP apresenta a seguinte sintomatologia:

  1. Ódio e rejeição relativamente ao progenitor alienado.

  2. Evitamento de contacto, através da recusa de visitas, telefonemas, presentes ou outros contactos.

  3. Dificuldade em expressar os motivos que levam à rejeição ou aos sentimentos negativos.

  4. Ausência de ambivalência. A criança não consegue perceber os dois pais como bons e maus simultaneamente; um progenitor é totalmente mau e o outro é totalmente bom.

  5. Afirmação de que a rejeição partiu apenas de si, sem influência do outro progenitor, através do uso de linguagem que não corresponde à da própria criança. Esta fá-lo para minimizar os conflitos entre os pais.

  6. Apoio incondicional ao progenitor alienante e negligencia de tudo da parte do progenitor alienado, mesmo perante provas.

  7. Inexistência de culpa pela criança ao provocar sofrimento a um dos progenitores.

  8. “Generalização do ódio” aos que são próximos do progenitor alienado.

Sendo alientante ou alienado, o adulto tem a responsabilidade total em superar a sua mágoa e o seu egoísmo perante o outro e priorizar a criança na sua vida, proporcionando-lhe momentos verdadeiramente felizes!

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