top of page

O Burnout Parental e o Autocuidado

  • Foto do escritor: Diamantina Moreira
    Diamantina Moreira
  • há 18 minutos
  • 2 min de leitura

Burnout, talvez seja uma das palavras mais falada atualmente. Mas, não é apenas um conceito de que tanto se fala, é também uma realidade que se vivencia. Os pais e cuidadores acolhem as emoções, birras dos filhos, ajudam-nos a gerir as situações, mas e com os pais e cuidadores? Quem os ajuda? Quem os acalma, lhes acolhe as emoções, quem os ajuda a lidar com as situações complexas que vão surgindo?


É importante esclarecer que quando falamos em burnout parental, não estamos apenas a falar de cansaço, é já um estado de exaustão física e emocional, prolongada no tempo. Os sentimentos de amor, carinho ficam "mascarados" por uma fonte crónica de stress e irritabilidade. Para sermos pais, mães e cuidadores conscientes, precisamos, primeiro, deser adultos regulados. A gestão emocional é um fator relevante em todo este contexto. É fundamental que os pais ou cuidadores trabalhem a forma como lidam com as suas emoções, a forma como lidam com as situações, qual o ponto de rutura antes de deixarem de ter calma com as crianças ou adolescentes. 


Existem alguns fatores de risco a que devem estar atentos:

  • perda de controlo - O burnout parental transforma o adulto num "gatilho ambulante". A nossa própria desregulação emocional liga-se à desregulação da criança ou adolescente, transformando a casa num campo de batalha.

  • irritabilidade crónica - qualquer situação, por menor que seja, qualquer deslize por parte da criança ou adolescente gera um gatilho e a emoção da raiva é imediatamente despoletada. Onde havia a calma e paciência é substituída por raiva e outras emoções menos positivas.

  • distanciamento - quando os pais ou cuidadores estão já num estado avançado de esgotamento ou burnout começam a achar que nada do que possam dizer ou fazer é útil, pelo que acabam por se afastar e isso dá origem ao início da "destruição" do vínculo de segurança.


Quando o adulto está desconfortável isso não deve um pretexto para gritar, mas como um sinal de alarme de que o seu reservatório emocional está a zero. O que fazer então? Quando o esgotamento ou burnout já está instalado é importante que o adulto procure um profissional especializado. O autocuidado é fundamental para a resolução deste estado. Nunca se esqueça: não é esperado que ser pais ou cuidadores seja sinónimo de perfeição. Pelo contrário, é o reconhecimento da nossa imperfeição e humanidade. Assumir a responsabilidade pela nossa recarga de energia é a forma mais consciente de educar.


Cada adulto deve fazer um trabalho interno, uma reflexão para entender como funciona para si este autocuidado. Somo todos diferentes, com interesses e necessidades diferentes. Mas um aspeto fundamental, talvez o mais importante e comum a todos: regular o sono. 


Ao reconhecer e honrar as suas próprias necessidades , e ao fazer do autocuidado uma rotina inegociável está a contribuir para uma melhoria do seu estado emocional e isso poderá dar o que o seu filho/a mais precisa: a sua presença calma e regulada


O autocuidado é, portanto, um ato de amor e de responsabilidade para com o seu filho.

Já cuidou de si hoje?

Comentários


Subscreva a nossa maillinglist e fique a par de todos os artigos capacitação, novidades  e workshops!

Cópia de capacitaçao Escolas.png
bottom of page