Os adolescentes apresentam sinais de sofrimento psicológico cada vez mais agravados. Esta sintomatologia reflete-se na procura cada vez maior dos serviços de saúde mental, no aumento dos comportamentos de automutilação e das tentativas de suicídio, e na prescrição de cada vez mais ansiolíticos e antidepressivos.
Mesmo sendo a adolescência uma fase de vida associada a algum mal-estar psicológico, por si, não justifica o agravamento do sofrimento entre os jovens.
É importante salientar que cada adolescente é único e embora as razões para este mal-estar possam variar, seguem-se alguns indicadores transversais aos jovens que reiteram este sofrimento.
Pressão escolar. A distribuição temporal do trabalho escolar e dos momentos de avaliação é geradora de pressão para os adolescentes, reiterado pela necessidade de terem um desempenho excecional academicamente.
Pressão social. A necessidade serem aceites pelos colegas e gerirem a popularidade é uma fonte significativa de stresse.
Mudanças hormonais. As mudanças hormonais características da adolescência afetam o equilíbrio emocional dos jovens, contribuindo para oscilações do humor.
Problemas familiares. Questões familiares como o divórcio, os conflitos familiares ou as mudanças na dinâmica familiar têm um impacto profundo no bem-estar dos adolescentes.
Ansiedade e depressão. As perturbações mentais como a ansiedade ou a depressão, são mais comuns na adolescência. Estas condições podem ser influenciadas por fatores genéticos, ambientais e biológicos.
Influência das redes sociais. O uso constante de redes sociais acentua sentimentos de não pertença, inadequação, comparação e baixa autoestima, pois os adolescentes tendem a comparar as suas vidas com as dos outros.
Problemas de identidade. Este é um período de autodescoberta e os adolescentes podem enfrentar desafios ao tentar compreender quem são e onde se integram.
Bullying. Seja presencial ou on-line, o Bullying tem um impacto devastador na saúde mental dos adolescentes.
É fundamental abordar a tristeza dos adolescentes com empatia e apoio. Se a tristeza persistir ou transformar-se em depressão, é importante procurar ajuda de profissionais de saúde mental (psicólogos ou psiquiatras). A comunicação aberta e um ambiente de apoio são vitais para ajudar os adolescentes a enfrentar estes desafios emocionais.
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