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Foto do escritorAlexandra Gomes

Um novo estado de alerta: a eco-ansiedade e o bem-estar pessoal


As notícias que chegam diariamente, através dos diversos meios de comunicação, são perentórias: as alterações climáticas são uma realidade preocupante e uma ameaça para o futuro do Planeta.


Este estado de alerta tem um impacto em cada um, com consequências psicológicas significativas para o seu bem-estar. Os investigadores chamam-lhe “eco-ansiedade”, sendo um termo cada vez mais usado para descrever a ansiedade que surge em resposta às preocupações ambientais.


É crescente a preocupação com a sustentabilidade e o meio ambiente, afetando cada vez mais pessoas, principalmente entre os 20 e os 30 anos, que se sentem preocupados com a própria existência, pela inevitabilidade sentida da deleção do Planeta Terra.


A eco-ansiedade é causada pelas perceções de que as mudanças climáticas estão fora de controlo e os recursos naturais estão prestes a esgotar, o que impacta negativamente na saúde mental dos indivíduos, levando a sentimentos de depressão, tristeza, desamparo e impotência.


Apesar deste estado emocional crescente, é possível combatê-lo através simples passos, como a educação ambiental, a adoção de escolhas sustentáveis, a conexão com a natureza e a sensibilização interpessoal.


1. Educação ambiental. Promover a educação ambiental através do recurso a artigos, livros, documentários e podcasts, integrados nas várias plataformas digitais: “Eco Anxiety’’. Diretor Jean-Francois Rodrigues (https://filmfreeway.com/EcoAnxiety);

"Climate Change Anxiety: Psychological Responses to Climate Change". Susan Clayton et al. (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0887618520300773);

“Isto Não É Uma Invenção – Ecoansiedade e o Futuro do Planeta”. Paulo Vieira de Castro e Safe Space Portugal;

‘’A guide do Eco-anxiety: how to protect the planet and your mental health’’. Por Anouchka Grose.

Ao ampliar o conhecimento nesta área, maior é a sensibilização para o impacto das escolhas e ações no meio ambiente, deixando de lado a ideia de que as próprias mudanças não são significativas.


2. Escolhas sustentáveis. Fazer escolhas sustentáveis e começar pelo que é mais fácil é uma forma importante de combater a eco-ansiedade. Para isso bastam pequenas mudanças no dia a dia, assentes no princípio dos “3 R’s”: REUTILIZAR, RECICLAR E REDUZIR (reduzir o consumo de carne e o consumo em geral, destralhar, optar pelos transportes públicos, escolher marcas e produtos eco-friendly, etc.).


3. Conexão com a natureza. Passar tempo na natureza, fazendo caminhadas, ir à praia, dedicar-se à jardinagem ou a uma horta, sentar-se num parque, são estratégias de desfrutar do momento, diminuir a ansiedade e promover o bem-estar.


4. Sensibilização interpessoal. Conversar com outras pessoas pode ajudar a reduzir a eco-ansiedade. Seja com amigos ou outros grupos sociais, esta é uma oportunidade de partilha de valores e preocupações ambientais, assim como a definição de estratégias de promoção ambiental e de sustentabilidade. De um modo geral, a partilha de preocupações e ideias ajuda a aliviar a sensação de isolamento e aumenta a sensação de comunidade.

Ser sustentável é um desafio longo e muitas vezes a vontade é fazer tudo e alcançar a perfeição, mas isso leva a que não se faça nada e gere frustração. Este é um dos motivos pelos quais muitos não conseguem mudar ou criar hábitos.

Cada um deve ser responsável na redução da sua eco-ansiedade, considerando o seu ritmo, as suas capacidades e o seu estilo de vida.


Afinal, são pequenas escolhas que fazem alcançar a mudança real!



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