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  • Foto do escritorAlexandra Gomes

As crianças e tolerância à frustração: como ensinar a fazê-lo

Cada vez mais, os pais recorrem ao Aconselhamento Psicológico com uma inquietação que os desestabiliza e antecipa algum sofrimento: a incapacidade das suas crianças lidarem com a frustração.


Hoje, os pais, pelo cansaço associado ao quotidiano “hiperativo” que vivem, pela tentativa de compensar a sua eventual ausência e, porque o que mais querem é que estes sejam felizes, minimizam experiências que lhes provoquem frustração, expressa em birras, amuos ou chantagens emocionais.


Pois bem, a verdade é que ensinar as crianças a “lidar com a frustração”, perante uma contradição, uma derrota ou um imprevisto, é uma das melhores ferramentas de aprendizagem que os pais lhes podem transmitir. Estas ferramentas preparam as crianças já para a adolescência, para o contexto académico, para a sua dimensão profissional e para as relações interpessoais que criarão.


Tudo começa com a aprendizagem das crianças em desenvolver as principais capacidades da Inteligência Emocional, segundo os precursores da Inteligência Emocional, John Mayer e Peter Salovey. Estas são as capacidades em:


  • Perceber e expressar as próprias emoções e as dos outros;

  • Usar as emoções de forma que facilite o pensamento;

  • Entender as emoções, a linguagem emocional e os sinais emocionais;

  • Regular as emoções, a fim de alcançar os seus objetivos.

Assim, é essencial, desde cedo, as crianças aprenderem a desenvolver estas habilidades emocionais. Desta forma são mais capazes de reconhecer as suas vivencias, aceitar as suas emoções e tolerar as suas frustrações.


Mas, atenção! “Tolerar as frustrações” não é sinónimo de aceitar tudo o que acontece, sem se mobilizar para a mudança ou não ter a “garra” de lutar pelo que se quer.

Ao ser capaz de tolerar a frustração, a criança é capaz de:

  • Aceitar que não é sempre a melhor ou a vencedora e isso não significa que seja incapaz ou incompetente;

  • Gerir as suas emoções, de modo a integrar a derrota ou o imprevisto. Dar significado ao que sente, para não se dar a “quebra” emocional;

  • (Sentidas as primeiras sensações emocionais) Ser capaz de perceber o que falhou e mobilizar-se para, numa próxima oportunidade, sentir-se capaz de sair vencedora ou ter um melhor desempenho.


Com estas ferramentas e a aplicação parental de uma linguagem emocional adequada às crianças, estas tornam-se verdadeiramente felizes e cada vez mais capazes de alcançar os objetivos que surgem ao longo da sua vida!

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